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Da invenção do computador à Inteligência Artificial: a Revolução da Mente Humana

  • Wilson de Azevedo Junior
  • 28 de jan.
  • 3 min de leitura

O século XX mudou a maneira como lidamos com a informação, principalmente com a velocidade de processamento.  A invenção do computador moderno, eletrônico, seria apenas a continuidade de uma trajetória que se inicia na invenção da escrita, nas tábuas de argila, na invenção da prensa de Gutenberg, passando pela máquina analítica de Charles Babbage no século XIX. 


O computador moderno eletrônico apresentado ao público em 1946, o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer), foi desenvolvido por John Eckert e John Mauchly para o exército americano e tinha a função de calcular com rapidez trajetórias balísticas. Um equipamento enorme:  30 toneladas, 180 m2, 18 mil válvulas de vácuo e 70 mil resistores. Consumia 200 mil watts de energia e respondia com grande performance em comparação às máquinas de cálculo eletromecânicas da época. Eram programáveis utilizando cartões perfurados.  Sua promessa era inegável:  automatizar cálculos complexos, poupando tempo e reduzindo erros humanos.


A evolução foi rápida pois logo em 1947 veio a invenção do transistor que permitiu a melhoria da velocidade de processamento. Em 1971 a criação dos microchips permitiu o desenvolvimento de computadores menores e ágeis tornando-os mais populares e evoluindo para os computadores pessoais na década de 80. A partir daí a tecnologia de uso e posse de computadores passava a estar disponível a qualquer pessoa e não somente a governos ou grandes corporações. 


Com o advento da internet na década de 90, o computador deixou de ser um equipamento de processamento trabalhando de forma isolada e passou a fazer parte de uma grande rede globalizada de conhecimento. Essa demanda de informações disponíveis em rede mundial exigiu a evolução dos recursos de velocidade de processamento visto que o volume de dados crescia de forma exponencial.  


O aumento da capacidade dos computadores em processar demanda de informação e o avanço do desenvolvimento e aplicação de algoritmos fez com que as máquinas não apenas realizassem a entrega de respostas às pesquisas de dados armazenadas em rede ou mesmo cálculos complexos, mas que “aprendessem” com os dados. Passamos a integrar a IA – Inteligência Artificial em nosso dia a dia, sem medo de que as máquinas viessem a dominar a raça humana como preconizado em vários livros, filmes e trabalhos publicados até então. 


Embora sendo romances de ficção, Isaac Asimov levantou bandeiras preocupantes em seu “Eu, Robô” de 1950 e também “O Homem Bicentenário” de 1976, ambos sobre a relação das máquinas com os humanos e a possibilidade de virmos a ser controlados por elas.


Em 2010 chegaram os assistentes virtuais como Siri, Alexa, Google Assistent com capacidade de entender comandos humanos e a realizar tarefas básicas. A Inteligência Artificial automatiza processos complexos com a expansão da capacidade criativa e analítica do ser humano.  


Se as ferramentas disponíveis de IA conseguem elaborar textos, gerar imagens, compor músicas, escrever programação e até novas fórmulas químicas, é certo que temos a participação humana usufruindo desses recursos.  A IA não substitui a mente humana e sim a auxilia a se fortalecer. A capacidade do processamento de informações aliado a velocidade incomparável de aprender padrões, que um humano levaria anos, a IA permite que o ser humano se dedique e foque no importante: na inovação, na estratégia, na busca de respostas a problemas complexos em todas as áreas filosóficas e científicas. 

A questão futura estará muito mais na preocupação do respeito à ética da aplicação do que nos limites dos recursos e suas consequências, por exemplo, com o mercado de trabalho. 


A IA nunca irá substituir o homem, ao contrário, sempre dependerá dele para entregar o melhor para a humanidade onde o homem terá cada vez mais um apoio ilimitado, caminhando ao seu lado. 


Também não ameaçará a humanidade, ao contrário, será mais um momento da história da humanidade, feita por homens, e não será uma revolução de máquinas e sim uma Revolução da Mente Humana.  


No entanto, alguns especialistas defendem a preocupação com o avanço exponencial da ferramenta e os riscos associados questionando sobre a capacidade da civilização sobreviver ao avanço e principalmente a eficácia de uma regulamentação pertinente. 

Fica aqui a provocação:  ferramenta para o progresso da mente humana ou um grande perigo para a evolução, sem a ética e urgente regulamentação?

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